“Há muito mais mistérios no céu, Horácio,
do que aqueles que sonha a tua vã filosofia.”
Shakespeare
No ano em que se celebra o Ano Internacional da Astronomia, a Escola Jácome Ratton vem durante esta semana, de 14 a 18 de Dezembro, associar-se aos festejos daquela que pode ser considerada, legitimamente, a mais velha das ciências— a Astronomia. NA verdade, embora remontem aos babilónios os mais antigos conhecimentos astronómicos, quando estes observavam os movimentos regulares de Vénus, os nossos antepassados mais longínquos já olhavam para o céu com fascínio e admiração. De tal modo que projectaram nele os seus deuses, através de constelações cujo nome chegou até ao nosso tempo. Ao identificarem estruturas no céu e regularidade no movimento dos astros, os nossos antepassados estavam a fazer as primeiras construções científicas.
Se o estudo do céu sempre fascinou a humanidade, a própria história da astronomia tem um percurso não menos fascinante.
Com efeito, como resultado das suas observações do céu os nossos antepassados começaram a definir os seus deuses, ao mesmo tempo que viam no movimento dos astros as linhas do seu destino - nascia a astrologia (que não é ciência).
Apercebendo-se da grandeza do cosmos, os primeiros cientistas colocaram, não só, a Terra (modelo geocêntrico), como o próprio Homem no centro do universo. Tiveram que passar muitos séculos para que Copérnico viesse tirar a Terra, e com ela o Homem, do centro do universo. Foi uma desilusão, a que se seguiram novos fascínios. Afinal não era o Sol o centro do universo (modelo heliocêntrico), era a galáxia.
Mas parece que também não é a galáxia, pois galáxias há muitas e encontram-se em enxames e
superenxames. Afinal não há centro do universo. Bom, pelo menos ninguém está no centro, o que ainda nos deixa alguma hipótese de sermos alguma coisa neste mundo.
De há cem anos a esta parte a astronomia vem-nos dizendo que o universo terá surgido de uma explosão inicial a que chamaram Big Bang; que nós somos filhos das estrelas, pois foi nelas que se formou a maior parte dos átomos de que somos feitos; que o que vemos no céu é o passado e que isso pode ajudar-nos a descobrir ainda mais coisas sobre o mundo e sobre nós; que as galáxias se estão a afastar umas das outras, cada vez mais depressa, e que se assim continuar o mundo não acabará num Big Crunch; e que afinal há matéria escura e energia escura e… que vêm aí novas descobertas e novos fascínios.
Mas, ainda, neste ano comemoram-se as primeiras observações de Galileu em 1609, que com os seus elescópios, demonstrou o movimento dos corpos celestes e, também, os 400 anos do lançamento do livro Astronomia Nova de Johannes Kepler.
Num ano tão rico em celebrações e descobertas para a astronomia tornam-se pertinentes as célebres palavras de Galileu:
"E pur si muove".
do que aqueles que sonha a tua vã filosofia.”
Shakespeare
No ano em que se celebra o Ano Internacional da Astronomia, a Escola Jácome Ratton vem durante esta semana, de 14 a 18 de Dezembro, associar-se aos festejos daquela que pode ser considerada, legitimamente, a mais velha das ciências— a Astronomia. NA verdade, embora remontem aos babilónios os mais antigos conhecimentos astronómicos, quando estes observavam os movimentos regulares de Vénus, os nossos antepassados mais longínquos já olhavam para o céu com fascínio e admiração. De tal modo que projectaram nele os seus deuses, através de constelações cujo nome chegou até ao nosso tempo. Ao identificarem estruturas no céu e regularidade no movimento dos astros, os nossos antepassados estavam a fazer as primeiras construções científicas.
Se o estudo do céu sempre fascinou a humanidade, a própria história da astronomia tem um percurso não menos fascinante.
Com efeito, como resultado das suas observações do céu os nossos antepassados começaram a definir os seus deuses, ao mesmo tempo que viam no movimento dos astros as linhas do seu destino - nascia a astrologia (que não é ciência).
Apercebendo-se da grandeza do cosmos, os primeiros cientistas colocaram, não só, a Terra (modelo geocêntrico), como o próprio Homem no centro do universo. Tiveram que passar muitos séculos para que Copérnico viesse tirar a Terra, e com ela o Homem, do centro do universo. Foi uma desilusão, a que se seguiram novos fascínios. Afinal não era o Sol o centro do universo (modelo heliocêntrico), era a galáxia.
Mas parece que também não é a galáxia, pois galáxias há muitas e encontram-se em enxames e
superenxames. Afinal não há centro do universo. Bom, pelo menos ninguém está no centro, o que ainda nos deixa alguma hipótese de sermos alguma coisa neste mundo.
De há cem anos a esta parte a astronomia vem-nos dizendo que o universo terá surgido de uma explosão inicial a que chamaram Big Bang; que nós somos filhos das estrelas, pois foi nelas que se formou a maior parte dos átomos de que somos feitos; que o que vemos no céu é o passado e que isso pode ajudar-nos a descobrir ainda mais coisas sobre o mundo e sobre nós; que as galáxias se estão a afastar umas das outras, cada vez mais depressa, e que se assim continuar o mundo não acabará num Big Crunch; e que afinal há matéria escura e energia escura e… que vêm aí novas descobertas e novos fascínios.
Mas, ainda, neste ano comemoram-se as primeiras observações de Galileu em 1609, que com os seus elescópios, demonstrou o movimento dos corpos celestes e, também, os 400 anos do lançamento do livro Astronomia Nova de Johannes Kepler.
Num ano tão rico em celebrações e descobertas para a astronomia tornam-se pertinentes as célebres palavras de Galileu:
"E pur si muove".
Sem comentários:
Enviar um comentário